[ENG, port below]

Note: The title is a play on the Portuguese words “teta” (tit) and “treta” (conflict or mess). “Mamar na t(r)eta” evokes both nursing from the breast and engaging in trouble or controversy.

I used to have big tits. They were large and heavy, but their magnitude was also artistic. We formed an inseparable trio; they were my most faithful collaborators and held power over me—and others. In 2022, the moment of our farewell started to become increasingly present, and in that descent, I realized they would be missed. I love paradoxes, contradictions, complexities. I love to think-feel about how we relate to our bodies—physical, social, poetic, spiritual, metabolic. I love knowing that my body is an extension of the body of the Earth. While ruminating on how to honor the breast-earths that dwell in me, I began to realize the density of tretas (troubles) that run through them. Alongside the layers of pain, layers of humor also appeared. Everything so intimate and at the same time so collective.

Mamar na t(r)eta is a performance that emerges from a broader art-life inquiry in which I’ve been exploring how non-binary bodies and sensibilities can be mobilized to render visible and expand the cracks in the petro-sex-racial-modern-colonial paradigm. It takes form as a collective action that investigates the place we occupy in the chain of “care and costs” of which we are all part. It is an experimental unfolding of a wider research I’ve been developing around how we might attune to the felt sense of “metabolic intimacy”—a mode of being in relation that fosters visceral respons(h)ability within and beyond human relations, and helps to deactivate the logic of separability so deeply rooted in us, even within our identity-based struggles.

[PORT]

Eu tinha grandes tetonas. Eram enormes e pesadas, mas sua grandeza era também artística. Formávamos um trio inseparável, eram minhas mais fiéis colaboradoras e tinham poder sobre mim, e outres. Em 2022 o mo(vi)mento de nossa despedida foi se fazendo cada vez mais presente, e nesse mergulho percebi que iriam fazer falta. Amo paradoxos, contradições, complexidades. Amo senti-pensar sobre como nos relacionamos com nossos corpos, físicos, sociais, poéticos, espirituais, metabólicos. Amo saber que o meu corpo é uma extensão do corpo da terra. Ruminando sobre como honrar as tetas-terra que me habitam fui me dando conta das densidades de tretas que as atravessam. Junto às camadas de dor foram aparecendo também as de humor. Tudo tão íntimo e ao mesmo tempo tão coletivo.

A performance Mamar na t(r)eta faz parte de uma ampla pesquisa de arte-vida na qual tenho me dedicado a investigar como corpos e sensibilidades não-binárias podem ser mobilizadas para visibilizar e ampliar fissuras no paradigma petro-sexo-racial-moderno-colonial. Surge como uma ação coletiva que investiga o lugar que ocupamos na cadeia de ‘cuidados e custos’ da qual todes fazemos parte. É um experimento-desdobramento de uma pesquisa ampla que venho desenvolvendo à volta de como sintonizarmos com o sentido-sensação de uma ‘intimidade metabólica’, um modo de estar em relação que promova a respons(h)abilidade visceral entre e além das relações humanas, e ajude a desativar a lógica moderna da separabilidade, tão arraigada em nós, também dentro das nossas lutas identitárias. 

Images form performances at: Centro Internacional das Artes José de Guimarães (Guimarães, PT), photo by William Ferreira // Auditório CCOP (Porto, PT),  photo byJoana Barroso // Festival Novas Frequências (Rio de Janeiro, BR), 2022