Práticas de Des-imunização/ Dis-Immunisation Practices

 [PORTUGUÊS, English Below)

Uma investigação encarnada das formas disseminadas do amor

As Práticas de Des-imunização são uma pesquisa colaborativa entre xs artistas Dani d’Emilia e Fernanda Eugenio, que coloca em conversa proposições advindas da investigação artístico-política da ternura radical e do Modo Operativo AND (em especial da ferramenta-conceito do co-passionamento).

Partindo desejo de experimentar procedimentos relacionais e práticas político-afetivas encarnadas para a trans-formação social, as práticas de des-imunização exploram a dobra entre o íntimo e o político; entre os modos da vinculação proximal e aqueles que poderão operar, por emergência, mudanças sensíveis no coletivo.

Nossa proposta é pesquisar, no plano da corporeidade, percursos possíveis para ativar modulações não-hierárquicas e disseminadas do amor e do amar, experimentando a sua liberação de conformações pré-definidas e a sua operatividade enquanto força de strangership: sintonização com o impróprio e o alheio, capacidade de prescindir da lógica da (des)identificação/(des)entendimento para abrir-se em disponilidade, comparecimento, escuta, engajamento e presença.

Criar as condições para o exercício desta política outra para a constituição situada do viver juntes envolve acolher o risco e comprometer-se com o cuidado recíproco. Retomar territórios afetivos imunizados pelos mecanismos da indiferença ou pelo fechamento identitário, circunscrevendo zonas de intimidade temporárias com o desconhecido e o desconhecível, experimentando estados de vulnerabilização deliberada e de elasticidade variável da permeabilidade. Des-imunizar ao outro (cum, o outro; o além de mim), experienciar a relação como dádiva (munus). Fazer no/do corpo coragem e franqueza para implicar-se, a cada vez, no (re)fazer comum.

Sob a forma de circuitos sensoriais e micro-scripts performativos em duplas, trios e pequenos grupos, as Práticas de Des-Imunização procuram criar um ambiente de respeito, confiança e acolhimento, que permita a abertura para uma experimentação franca de modulações não-hierárquicas e disseminadas das potências dissidentes do amor, propondo uma sensibilidade política que questione – pela via da vivência directa – os limites das noções ocidentais, coloniais, (pós)modernas e capitalistas de privacidade, identidade e separabilidade.

Imagens/info de algumas das edições realizadas:

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[ENGLISH]

An embodied investigation on disseminated modes of love

The Dis-immunisation Practices emerge from the collaboration between Dani d’Emilia and Fernanda Eugenio (ANDlab). With the desire to explore the relationship between intimacy and politics these practices experiment with relational procedures, combining propositions stemming from Dani’s and Fer’s artistic-political research on radical tenderness & co(m)passionment.

Expanding love’s operability also as a ‘strangership force’, these practices call for an attunement to the improper and unfamiliar, moving beyond the logic of dis/identification and mis/understanding as (the only) basis for engaged relationality. Through the creation of sensorial circuits and performative rituals, the Dis-immunization Practices investigate possible paths from the individual to the collective body, activating non-hierarchical and disseminated modulations of radical love as political resistence. (Re)claiming affective territories immunized by the mechanisms of indifference and/or identitary foreclosure within capitalist and colonial frames, these practices propose themselves as tools for deep listening, engagement and presencing of one another whilst committing to reciprocal care in the process. Creating the conditions for exercising this political practice involves accepting the risk and responsibility of circumscribing zones of temporary intimacy with the unknown and the unknowable, experiencing states of deliberate vulnerability and (dis)comfort as we explore the variable elasticity of permeability in each encounter.

Each edition of The Dis-immunisation Practices proposes different modes of contamination-attunement. As a way of holding each body with the courage and frankness involved in a continuous (re)imagining and (re)doing of ourselves, in/through each relation, each session also includes exercises that create an environment of trust, acceptance and respect, in which care can grow in proportion to risk.

Images/info from some of the past editions:

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