Em breve recomeçam as partilhas de investigações-criações no Programa stANDing 2021, que integra a edição deste ano da Escola do Reparar. Neste ciclo, além dos entrelaçamentos com tantas lindezas do And Lab, Fernanda Eugenio e eu estaremos trabalhando mais de pertinho também com a Sarah Amsler, pessoa que admiro profundamente e com quem tenho tido a sorte de trabalhar no coletivo Gestos Rumo a Futuros Decolonais e no tecido pulsante dos acompanhamentos político-afetivos transbordantes da vida…
O Programa stANDing da Escola do Reparar abrange investigações-criações de procedimentos experimentais e partilhas públicas de processo e, em 2021, apresenta duas pesquisas em andamento: Práticas de Dis-solução e Práticas de Re-mediação
As Práticas de Dis-solução, de Fernanda Eugenio e Dani d’Emilia, pesquisam possíveis foras do regime hegemônico da solução, trabalhando com a matéria íntima/pessoal para atravessá-la. Através de rituais ‘psicossomágicos’ e colocando em conversa o Modo Operativo AND e a Ternura Radical, investigam a elasticidade das capacidades de vinculação íntima com o desconhecido/desconhecível e possíveis percursos para a ativação de modulações politizadas, não-hierárquicas e disseminadas do amor.
A partilha acontecerá nos modos:_exibição da série inedita de vídeos Ações Psicossomágicas para as Dez Posições ante o Irreparável, estreias quinzenais às sextas de 7/5 a 2/7, Sala Inter-Ferir e Canal Youtube AND_apresentação de novos desdobramentos da pesquisa em interlocução com Sarah Amsler nos sábados 24/7 na Orla (Bensafrim, Algarve) e 31/7 Penhasco, Lisboa
As Práticas de Re-mediação, de Fernanda Eugenio, Manoela Rangel e Pat Bergantin, constituem-se enquanto campo de investigação sensível de vias de (re)conexão entre práticas artístico-somáticas, uma espiritualidade politizada e uma política espiritualizada, partindo de recursos dos jogos com o corpo-territorio do MO_AND para investigar o mover das forças e a incorporação. Com um desejo de re-conhecer (conhecer de novo) o que (não) sabemos, a pesquisa se ancora na dupla valência da operação da re-mediação: re-mediar é voltar a juntar o que estava desligado e é, também, curar, dar jeito e/ou remédio. Enquanto gesto político de reconectar o que o pensamento dual inscreveu como separado, integrando natural e sobrenatural, temos habitado a cura da re-mediação nas modulações do corte, do antídoto e da dádiva, trabalhando em meios de liberação, canalização e serviço para ativar um estado de travessia-atravessamento-atravessade.
Apresentações nos sábados 3 e 10/7, online ao vivo, na Sala Inter-Ferir
Mais info aqui: https://www.and-lab.org/…/standing-praticas-de-dis…
